sexta-feira, 1 de julho de 2016

Bandinha

"(...) Que pratense não lembra da bandinha do professor Farina?
Aliás, quem nessa época (abafa o caso) não tocou na bandinha dele?
E quem não teve um sofá desses em casa? Mas o sofá não é o assunto de hoje. Deixa pra lá.
Eu sempre fui uma artista frustrada. Não, não sou triste por isso... só não tenho talento nenhum para as artes.
Bem que meus pais tentaram, me incluindo no Coral de Nova Prata, no balé, e na bandinha... só que eu tocava o instrumento dos iniciantes: o agogô. Eu detestava aquilo e o meu sonho era chegar na escaleta, que a minha prima Marina tocava. Elas ficavam num local ilustre, sempre na frente. Nós, os pequenos, ficávamos empilhados atrás com nossos agogôs e instrumentos básicos.
Um dia me promoveram e pensei que ia começar a estudar flauta, mas quando o professor me deu o novo instrumento, vi que eu não tinha futuro na música: um triângulo. (...)"

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